Compartilhar fatos do cotidiano nas redes sociais,
aguardando comentários públicos,
parece ser o meio de comunicação do século XXI.
No entanto, um pesquisador
da Universidade de Cambridge identificou dois sítios pré-históricos,
do final do Mesolítico
até a Era do Bronze,que parecem ser uma espécie de ancestral do Facebook.
Mark Sapwell trabalhou com pinturas rupestres feitas em rochedos
de Zalavruga,
no nordeste da Rússia, e Nämforsen, no norte da Suécia.
Por meio da análise de 2.500 desenhos rupestres encontrados nesses locais,
o pesquisador acredita ter identificado uma forma de comunicação ancestral
entre grupos de caçadores em uma época de transição
entre nomadismo e agricultura.
Segundo o estudo, divulgado pela universidade britânica,
os petróglifos desses dois sítios pré-históricos
eram feitos para ser vistos por outros viajantes,
que comentavam as pinturas ou acrescentavam algum desenho a ela.
Há imagens repetidas centenas de vezes.
Para Sapwell, cada figura reproduzida
corresponde a um “curtir” – recurso da rede social Facebook.
Muitas vezes, esses diálogos duravam centenas ou até milhares de anos.
Texto de Marco Antonio Barbosa
Fonte - História Viva
imagem -História Viva